sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Silêncio.

Não sei nadar em águas rasas só sei viver na imensidão. É lá naquilo que é profundo que me encontro. Rir de tudo é desespero. Não vou sorrir pra você agora. A clareza se abateu sobre meu corpo. Lucidez organizadora que silencia o caos. Tempestades apaziguadas na velocidade de um segundo. 

Silêncio.

Nadar na superfície por medo da morte é morrer por excesso de ar.  A morte do que se espera é a única possibilidade de encontrar o que realmente se precisa. A morte de todas as ilusões nos coloca frente a frente com o essencial. A verdade se esconde atrás das expectativas, e as expectativas nada mais são do que subterfúgios ordinários do desejo para mascarar a realidade.



Silêncio.

Andréa Beheregaray

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